Quando perder ainda dói

*** Texto originalmente publicado no site www.mesadebardogremio.com.br

Existem seres humanos que não entendem como alguns são apaixonados por um jogo inventado pelos inglesses há mais de um século e a devoção quase religiosa empregada ao futebol. Por vezes o esporte consegue ser maior do que os problemas e as alegrias da vida, pelo simples fato de que a vida é um grande jogo de futebol disputado todos os dias em gramados de asfalto pelas ruas das cidades. Uma estranha magia se impõe ao esporte e nos hipnotiza. 
Uma derrota na vida é o mesmo que a derrota do time de futebol pelo qual se torçe. Sei que o empate com o Palmeiras e a consequente eliminação na Copa do Brasil já passou, mas se algo ficou deste insucesso é a lição de que perder ainda dói. Doeu na minha alma tricolor, tão engasgada por anos sem conquistas, ter amargado mais uma eliminação quando estavámos tão próximos de voltar a conquistar um grande título e estar na Libertadores no ano de inauguração da Arena.
O jogo se transforma em saga, desperta paixões, cria mitos, heróis, glórias e tragédias. Exaltado pelas multidões, criou em seu lado sombrio um mundo à parte, onde envolve poderosíssimos interesses políticos e financeiros. No meio de tudo isso estamos nós torcedores que sofremos, choramos, gastamos tempo e dinheiro e amamos nossos clubes com uma inocência infantil, que beira à insanidade.
O Grêmio perdeu por inúmeros motivos. Não contratou um camisa 10 experiente para o cargo, deixou de trazer um bom zagueiro, o time apagou diante de 46 mil pessoas no Olímpico e faltou força ofensiva para anular a retranca de Felipão. Apesar da dor da derrota, é em momentos como esse que nosso gremismo renasce com força triplicada.Vida que segue, pois o ano continua e seguimos no caminho para fazer um ótimo Campeonato Brasileiro e ganhar a Sul Americana.

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