Urnas biométricas reconheceram 95% dos eleitores em Canoas

O Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RS) revelou, nessa tarde, que só 5% dos eleitores de Canoas não foram identificados na urna biométrica. Na votação de ontem, pelo menos quatro sessões registraram filas e atraso na votação, que se encerrou às 19h20min - mais de duas horas depois do previsto. Eleitores tiveram que aguardar mais de três horas para votar. O município é o quarto maior colégio eleitoral do Estado.

De acordo com o coordenador das zonas eleitorais de Canoas, a identificação dos eleitores foi um fator que contribuiu para os atrasos. Adriano Renato confirmou que quando a falha persistia - após a repetição do procedimento por quatro vezes em cada dedo - o mesário liberava a urna mediante um código e o eleitor era obrigado a apresentar um documento de identidade.

Ontem, o TSE divulgou que, nos 60 municípios em que a votação ocorreu por meio da urna biométrica, 93% dos eleitores foram identificados com sucesso. A maior parte das ocorrências de dificuldade para fazer a identificação envolveu eleitores idosos por causa das digitais já desgastadas. Em Canoas, porém, o problema não se restringiu só a essa camada da população.

Segundo o coordenador das zonas eleitorais da cidade, outro fator que retardou o final do pleito em Canoas, foi a dificuldade que eleitores tiveram em votar em seis candidatos. Adriano Renato projeta que, no segundo turno, que exige apenas um voto, as filas não se repitam. "Alguns eleitores mais idosos tiveram dificuldades com tantos candidatos e com o segundo voto ao senado. Nós esperamos que no segundo turno o tempo médio de votação seja de 10 a 15 segundos", ressaltou o coordenador.

Denúncias de pessoas votando com documentos não oficiais ou apenas com o título de eleitor e, ainda, de candidatos cuja foto não aparecia na urna eletrônica, foram considerados casos isolados pelo TRE gaúcho. A assessoria do tribunal ressaltou que os mesários estavam orientados e que cabia aos fiscais dos partidos ter registrado qualquer tipo de ocorrência mais grave, o que não ocorreu.